segunda-feira, 11 de junho de 2012

DISCURSO E PRÁTICAS DE MODERNIZAÇÃO EM ARACAJU NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX E SEUS REVESES



                                  UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
TEMAS DE HISTÓRIA DE SERGIPE II

ACADÊMICO: Ronaldo Brasil dos Santos






DISCURSO E PRÁTICAS DE MODERNIZAÇÃO EM ARACAJU NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX E SEUS REVESES












São Cristóvão/SE,
11 de junho de 2012


INTRODUÇÃO
            O presente trabalho, apresentado a disciplina Temas de História de Sergipe II e sob a orientação do professor Dr. Antônio Lindivaldo Sousa, traça alguns pontos paradoxais a respeito da modernização de Aracaju no início do século XX.

O PROCESSO DE MODERNIZAÇÃO: DISCURSOS E PRÁTICAS
            A professora Terezinha Oliva1 afirma que a transferência da capital de São Cristóvão para Aracaju significou um “divisor de águas” na história de Sergipe. Realmente, a elevação abrupta de um simples povoado a condição de cidade2 trouxe algumas preocupações com relação ao futuro de Aracaju. Os jornais foram um importante meio difundidor de textos relacionados à necessidade de transformações...

Aracaju é uma cidade toda oficial. Sua população cresce lentamente. Uma localidade das mais insalubres da Província, cujas condições higiênicas pouco têm melhorado. Deveria ser uma cidade que convidasse os homens ricos da Província ter aqui suas casas e pudessem atrair os habitantes de outros pontos. (Jornal A Liberdade, apud SANTOS, 2008, p. 22)

O discurso dos idealizadores da transferência, sobretudo Inácio Joaquim Barbosa, começou a ser rebatido ao tempo em que o próprio Inácio Barbosa falece acometido por malária, não por coincidência, as doenças epidêmicas foram um dos principais problemas enfrentados pela cidade para que se desenvolvesse rapidamente.
            Para LE GOFF (1984)3, modernidade significa, sobretudo, romper com o passado, esquecer, lembrar-se apenas que se é novo, atual. Para o discurso evolucionista que predominava entre a intelectualidade sergipana no início do século XX, Aracaju conseguia finalmente, após cerca de meio século, tomar ares de uma cidade nova,

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1 Ver artigo “Aracaju na História de Sergipe” publicado na REVISTA DE ARACAJU. Prefeitura Municipal de Aracaju: FUNCAJU. N° 09. Ano LIX. 2002, p. 115.
2 Ver projeto de lei sobre a mudança da capital apresentado pelo presidente de Província Inácio Joaquim Barbosa à Assembléia Provincial em 1º de março de 1855, disponível na REVISTA DE ARACAJU. Prefeitura Municipal de Aracaju: FUNCAJU. N° 11. Ano LXII. 2005, p. 146.
3 Apud VELLOSO, Mônica Pimenta. O modernismo e a questão nacional. In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil republicano: o tempo do liberalismo excludente. V. 1. 2ª edição. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2006, p. 353.

moderna, de fundação recente em 1855. Entretanto, como afirma o professor Waldefrankly Rolim de Almeida Santos4 “... modernizar em Aracaju significa ampliar o traçado de Pirro que já apresentava problemas graves para o processo de expansão”. A colocação de Santos demonstra que o processo de construção da cidade e a resolução dos problemas de habitação e higienização foram longos.
A historiadora Maria Nely Santos5 em sua análise sobre as condições físicas de Aracaju na década de 1870 afirma que:

A cidade-capital atravessou os anos 70 esgotando e aterrando pântanos, charcos e mangues que prejudicavam a expansão da habitabilidade e era uma séria ameaça à salubridade pública. Embora desacompanhado de incorporação de obras de saneamento e melhoramentos materiais, estava em andamento o processo de ampliação e transformação do espaço urbano. (SANTOS, 2008, pag. 23).

Apesar das dificuldades, Aracaju saia da incômoda situação de estrutura incipiente, repleta de mangues, lagos, dunas, mata, mosquitos e doenças a atingir seus primeiros habitantes citadinos, para se comparar a outras capitais brasileiras e estrangeiras. Vemos que nesses discursos há certos exageros, mas demonstra a importância das modificações para a época:

Como ave branca que voa dos pântanos para o azul do céu, Aracaju – a cidade inviável – a envolver dentro da água estagnada, da terra inundada, desvencilhou-se rápida das faixas das primeiras idades para parecer radiosa flor do progresso, bela na retidão de suas ruas, nos esplendores de seus panoramas... (O Estado de Sergipe apud Sousa, 2010, pag. 115)

Aracaju já possuía nos primeiros anos do século XX, de maneira audaciosa, elementos que significavam um fausto em sua existência: “Inaugurações de praças públicas, aterros de lagos, de[s]bastamentos de morros, de equipamentos urbanos (energia elétrica, bondes etc.)” (SOUSA, 2010, pag. 115)

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4 Ver artigo “Modernidade e Moradia: aspectos do pensamento sobre a habitação popular no processo de modernização das cidades sergipanas (1890 – 1955)” publicado na REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SERGIPE. Volume 01, nº 01 (1913). Aracaju: Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, nº 40/2010, p. 96 e 97.
5 SANTOS, Maria Nely. Aracaju: um olhar sobre sua evolução. Aracaju: Triunfo, 2008, p. 23.

O discurso e as ações de modernização aconteciam de diversas formas. Em maio de 1911 era inaugurada em Aracaju a Escola Federal de Aprendizes Artífices. Sua função era formar em grau técnico profissionais para a nova indústria que surgia na cidade. O médico Augusto Leite expressa em seu discurso a importância de tal escola para o progresso de Sergipe. Nesse contexto a escola tem o papel de mantenedora da ordem através da educação e estímulo à obediência do operário com relação ao patrão. Surge, dessa forma, o discurso glorificador do trabalho. “Conforme os princípios positivistas, a ciência e a indústria assegurariam o progresso, enquanto que a moral e a educação manteriam a ordem.” (SOUSA, 2010, pag. 120).
Vários defensores da modernização escreviam e discursavam clamando a urgência por higienização, calçamento, drenagem e demolição de habitações antigas que não combinassem com o novo traçado das ruas e avenidas e com os novos modelos de habitações.

Governo, higienistas, intelectuais e jornalistas, que faziam parte de um mesmo “grupo” de idealizadores do discurso modernizador, sentiam a necessidade de ampliação no processo de ocupação da cidade, interferindo nas novas áreas ocupadas por indivíduos pobres que chegavam, principalmente do interior de Sergipe. Desejavam eles enquadrar determinadas áreas de habitações pobres dentro do modelo de núcleo urbano projetado, ou seja, seguir o modelo já idealizado e que na prática já surtia efeito na região chamada de “quadrado de Pirro”. Esses idealizadores “olhavam” a cidade numa dimensão maior e projetavam imagens de uma certa “harmonia” para toda cidade.


Nesse mesmo período, migra para Aracaju tanto gente da elite, que procura o melhor lugar para construir suas residências, quanto pessoas pobres que eram enquadradas nos Códigos de Condutas6 elaborados pelos representantes políticos. Os donos de indústrias, por sua vez, se apropriavam desse discurso tentando contribuir para o crescimento da cidade, no intuito de agregar mão de obra como, como pode ser notado na estratégia de construção de vilas operárias.
Embora a República até então não tenha ampliado significativamente os direitos sociais e políticos da grande maioria da população, no campo econômico ouve fortes sinais de modernização. Graças a Aracaju a economia sergipana se diversificou, atraindo investimentos e influenciando as transformações sociais com o aumento da população citadina. O historiador Ibarê Dantas mostra dados estatísticos em sua obra

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6 Os Códigos de Condutas, de um modo geral, eram leis que estabeleciam comportamentos por parte dos habitantes da cidade, como o horário de permanência nas ruas, a proibição do consumo de bebidas alcoólicas etc.
O Tenentismo em Sergipe7 quanto o aumento populacional vertiginoso na década de 1920. Já em História de Sergipe República (1889 – 200) DANTAS afirma que

Não obstante o pequeno avanço político, Sergipe viveu um período de modernização. A economia continuou muito dependente da produção açucareira, mas diversificou-se. As indústrias têxteis se propagaram e prosperaram, gerando muitos empregos. Os serviços urbanos melhoraram bastante, graças a parceria dos empresários com o Estado... (DANTAS, 2004, pag. 74)


O REVÉS DA MODERNIZAÇÃO
            O historiador José Murilo de Carvalho8 foi um dos primeiros estudiosos a se debruçar criticamente sobre o significado real da República brasileira. O autor discute como o regime Republicano se mostrou contraditório, sendo imposto à sociedade. CARVALHO (2004) analisa o suporte ideológico empregado pelo aparelho do Estado. A solução vista para controlar a população e manter os privilégios da elite era forjar o imaginário popular, usando abusivamente de símbolos, mitos, heróis e hinos.
Em sua obra Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi José Murilo analisa como se deu a cidadania no processo republicano, igualando-a à estadania9 . “Oitenta por cento da população do Rio de Janeiro não tinha direito à participação pelos mecanismos eleitorais, 20 por cento tinha tal direito, mas não se preocupava em exercê-lo”. (CARVALHO, 1987, p. 91)
Como José Murilo menciona, a República trazia consigo novos ventos de modernização, mas continuava excludente. José Ibarê Dantas em Coronelismo e Dominação faz apontamentos importantes de como o Coronelismo ajudou a manter antigas relações de dominação de uma elite político-econômica sobre o povo, fazendo do público campo propício para a satisfação dos interesses privados.

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7 O autor mostra que a migração na década de 1920, segundo dados do IBGE, foi três vezes maior que a década de 1910. Em Aracaju no ano de 1900 a população era de 21.132 habitantes, subindo para 37.440 em 1920 e 42.469 em 1924.
8 Ver em: CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
9 Ao analisar a cidadania no Brasil no início da República o autor conclui que a mesma estava ideologicamente relacionada com o papel de obediência de as pessoas deveria assumir diante do Estado, ou seja, só se poderia adquirir cidadania (algum direito) estando inserido no projeto de nação elaborado pelo dirigentes do Estado.
Assim como no Rio de Janeiro, em Sergipe o nível de participação popular na vida política permanecia baixo...

... enquanto o primeiro [censo de 1890] mostrou que cerca de 89% da população não sabia ler nem escrever, o segundo [censo de 1920] registrou que ainda havia 83% na mesma situação, continuando praticamente à margem do processo civilizatório. (DANTAS, 2004, p. 74)

A modernização de Aracaju representa o processo civilizatório mencionado por Dantas. Como a condição para votar era ser alfabetizada, muita gente ficou excluída desse direito. Além disso, outras formas de exclusão foram adotadas. Por exemplo, a população pobre que vivia em casas de taipa no “quadrado de Pirro” foi obrigada a fugir para as regiões periféricas, continuando relegada à exposição de doenças, onde só lhe cabia os castigos da polícia quando da imposição das leis.
O romancista Amando Fontes retrata em suas principais obras o cotidiano sofrido das pessoas pobres da Aracaju moderna. Os Corumbas trata do fracasso da vinda de uma família pobre do interior para a Aracaju. Os seis anos que os Corumbas passaram na cidade foram repletos de decepções e desgraças. A vida em Aracaju se mostrou perversa, sendo a única alternativa o retorno para o interior. O romance, embora represente apenas um caso de êxodo rural que não deu certo, expõe os males da civilização, dentre eles a mudança de valores no ambiente da cidade e a exploração do trabalho nas fábricas.
Em Rua de Siriri é abordado o caso das prostitutas que foram obrigadas a morar na rua de Siriri por determinação do chefe de polícia. O drama das personagens retrata a expulsão desse seguimento social do centro da cidade (“quadrado de Pirro”) para se amotinarem na região do Morro do Bonfim (atual Rodoviária Velha), assim como grande maioria de pobres, dentre comerciantes e operários possuíam um espaço pré- determinado ou permitido para morar.
Ao retomar o conceito de modernização apontado pelo historiador francês Jacques Le Goff, percebemos que a modernização pela qual passou a cidade de Aracaju teve um caráter de esquecimento do passado, mas não rompeu com certas práticas a bem da manutenção das estruturas de poder. Dessa forma, essa modernização excludente denuncia o valor ideológico do discurso que a gerou10.
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10 O discurso ideológico, em linhas gerais, possui um valor de inversão do imaginário, muitas vezes do próprio real, uma racionalidade própria da persuasão, um jogo de idéias que são falsas no conteúdo e verdadeiras na forma. Sobre a discussão de ideologia ver: •BOUDON, Raymon. A ideologia ou a origem das idéias recebidas. São Paulo: Ática, 1989. •CHAUÍ, Marilena; FRANCO, Maria Sylvia Carvalho. Ideologia e Mobilização popular. 2ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. •FIORAN, José Luiz. Discurso e Ideologia. 1ª edição. São Paulo: Atual, 1988.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
            O discurso modernizador no início do século XX em Aracaju, ao mesmo tempo em que construía a imagem de uma nova era para a sociedade sergipana, nos permite, hoje, analisá-lo criticamente ao ponto de percebermos toda ideologia utilizada pela elite para realizar uma modernização a sua maneira, sem uma significativa expansão da cidadania e da democracia presentes nos princípios republicanos. Essa modernização sem mudanças nas estruturas sociais se deu ora pela manutenção da política coronelística ora pelo favorecimento do capital burguês e industrial em ascensão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOUDON, Raymon. A ideologia ou a origem das idéias recebidas. São Paulo: Ática, 1989.
CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
______________. A Formação das Almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
CHAUÍ, Marilena; FRANCO, Maria Sylvia Carvalho. Ideologia e Mobilização popular. 2ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
CORRÊA, Antônio Wanderlei de Melo; ANJOS, Marcos Vinícius Melo dos. História de Sergipe para vestibulares e outros concursos. Aracaju: 7ª Reimpressão, 2009.
DANTAS, Ibarê. História de Sergipe República (1889 – 2000). Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2004.
_____________. O Tenentismo em Sergipe: da Revolta de 1924 à Revolução de 1930. 2ª edição. Aracaju: Gráfica e Editora J. Andrade, 1999.
_____________. Coronelismo e Dominação. Aracaju/ Universidade Federal de Sergipe- PROEX/CECAC/Programa editorial da UFS: Diplomata, 1987. 
DINIZ, Diana Maria de Faro Leal (coord.); DANTAS, Beatriz Góis; SANTOS, Lenalda Andrade; GONÇALVES, Maria de Andrade; ALMEIDA, Maria da Glória Santana de e OLIVA, Terezinha Alves de. Textos para História da Sergipe. Aracaju: Universidade Federal de Sergipe/BANESE, 1991.
FIORAN, José Luiz. Discurso e Ideologia. 1ª edição. São Paulo: Atual, 1988.
FONTES, Amando. Os Corumbas. 25ª ed. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 2003.
_______________. Rua do Siriri. Rio De Janeiro. Editora edições de ouro. 1968.
SANTOS, Maria Nely. Aracaju: um olhar sobre sua evolução. Aracaju: Triunfo, 2008.
SILVA, Henrique Batista e. História da medicina em Sergipe. Aracaju: Gráfica e Editora J. Andrade, 2007.
SOUSA, Antônio Lindivaldo. Temas de História de Sergipe II. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2010.
SOUZA, Terezinha Oliva de. Impasses do federalismo brasileiro (Sergipe e a Revolta de Fausto Cardoso). Rio de Janeiro: Paz e Terra; Universidade Federal de Sergipe, 1985.
OLIVA, Terezinha Alves de; SANTOS, Lenalda Andrade. Trajetória histórica de Sergipe. São Paulo: Ática, 2002.
VELLOSO, Mônica Pimenta. O modernismo e a questão nacional. In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil republicano: o tempo do liberalismo excludente. V. 1. 2ª edição. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2006.

REVISTAS
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SERGIPE. Volume 01, nº 01 (1913). Aracaju: Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, nº 38/2009.
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SERGIPE. Volume 01, nº 01 (1913). Aracaju: Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, nº 40/2010.
REVISTA CINFORM MUNICÍPIOS. História dos Municípios. Edição histórica. Aracaju: Editora Globo Cochane, 2002.
REVISTA DE ARACAJU. Prefeitura Municipal de Aracaju: FUNCAJU. N° 09. Ano LIX. 2002.
REVISTA DE ARACAJU. Prefeitura Municipal de Aracaju: FUNCAJU. N° 11. Ano LXII. 2005.

PESQUISAS ON LINE
http://iaracaju.infonet.com.br/serigysite/ler.asp?id=15&titulo=Aracaju150anos. Acesso em 11/06/2012.
http://sergipeiiempauta.blogspot.com.br/2012/05/resenha-do-romance-rua-do-siriri-de.html. Acesso em 11/06/2012.
http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%A1cio_Joaquim_Barbosa. Acesso em 11/06/2012.
http://iza-guimaraes.blogspot.com.br/2012/05/o-processo-de-modernizacao-em-aracaju.html. Acesso em 11/06/2012.



Um comentário:

  1. ARACAJU PEDE SOCORRO ESTÁ CIDADE NOGENTE E PORCA SO MAIIS MACEIO É MUITO MAIS MELHOR E O AEROPORTO É MAIS LINDOOO MAIOR E MACEIO É MAIS BONITA E RICA.

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